tag:blogger.com,1999:blog-29410071645831689062024-03-21T17:03:43.605-07:00RÁDIO PEÃO INDEPENDENTE !* O JORNAL PANFLETARIO DE LUTA DOS TRABALHADORES DA WHIRLPOOL *Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-39420349666333328522009-08-04T20:01:00.000-07:002009-08-04T20:07:50.083-07:00Balanço das Greves em 2008<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYV4gGHfZGGPR2q9nFsSz8doSnPrEkmCEh8HAbYCKWXSzcLhUkBAjQOXrDqpxfLM4r0l1x-gPmXoeeXLPg9UwrKFxU6U5NfovH9QZiyiSOp1C31CHB0sYtviDo7BE7W-2bynex9wVbXME/s1600-h/di_texteis_blumenau_greve_2008.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 236px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYV4gGHfZGGPR2q9nFsSz8doSnPrEkmCEh8HAbYCKWXSzcLhUkBAjQOXrDqpxfLM4r0l1x-gPmXoeeXLPg9UwrKFxU6U5NfovH9QZiyiSOp1C31CHB0sYtviDo7BE7W-2bynex9wVbXME/s400/di_texteis_blumenau_greve_2008.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366311046527560002" border="0" /></a><br /><br /><table width="600"><tbody><tr></tr><tr> <td><span> <p><br /><br />Em 2008, ocorreram, em todo o Brasil, 411 greves, segundo dados reunidos pelo Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG), mantido pelo DIEESE. Trata-se do mais elevado total de paralisações observadas em um ano desde que o Departamento retomou a publicação dos balanços de greves, em 2004. O maior número verificado até então foi registrado em 2006 (320 greves).<br /><br />O ano foi marcado ainda por uma mudança na esfera com maior número de greves: se nos quatro anos anteriores a maior parte das greves ocorreu na esfera pública (funcionalismo público e empresas estatais), em 2008 a esfera privada foi responsável por 54,5% das paralisações.<br /><br />O crescimento significativo do número de paralisações na esfera privada - que de 149 em 2007, passou a 224 em 2008 – foi o principal fator para esta alteração, uma vez que não houve retração nas greves ocorridas na esfera pública. Ao contrário, o resultado de 2008 foi inferior apenas ao de 2004, ainda assim por um único registro.<br /><br />As greves realizadas em 2008 significaram que 24,6 mil horas de trabalho deixaram de ser cumpridas em todo o país.<br /><br />Dentre as 411 greves, somente 265 apresentavam o total de grevistas. Segundo estes dados, pouco mais de 2 milhões de trabalhadores participaram de movimentos paredistas, o que permite estimar o número médio de trabalhadores por greve, em 7.710. As paralisações na esfera pública reuniram, em média, 12.203 grevistas, proporção bem maior do que na privada, com 3.868 grevistas. Duas paralisações que reuniram trabalhadores das duas esferas registraram uma média de 67 mil trabalhadores por greve.<br /><br />O caráter propositivo predominou nas paralisações realizadas (69%), ainda que um percentual significativo (42%) registrasse motivação defensiva. Entre as reivindicações, o reajuste salarial e os planos de cargos e salários destacaram-se na esfera pública. Na esfera privada, os reajustes salariais e o auxílio-alimentação foram as reivindicações mais registradas.</p> <p> </p> <p>NOTÍCIA DE DIEESE</p></span></td></tr></tbody></table>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-71125389254439644462009-03-04T11:24:00.000-08:002009-03-04T11:51:31.080-08:00Sindicatos de Limeira lançam manifesto contra a redução de salários e direitos<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;" ><span style="color: rgb(255, 255, 255);">N<span style="color: rgb(255, 255, 255);">o dia 17 de fevereiro, 12 sindicatos de Limeira estiveram reunidos e aprovaram um texto para resistir aos ataques oportunistas dos patrões. A luta contra qualquer acordo com redução de salário e flexibilização cresce em todo país.</span></span><br /> <span style="color: rgb(255, 255, 255);">No encontro foi criado o Comitê Sindical Contra a Crise. A idéia é fazer do Comitê um espaço de debates sobre a crise para esclarecer a população e para organizar os trabalhadores em frentes de luta para resistir aos ataques dos patrões.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Abaixo segue o manifesto dos sindicatos contra a ivestida dos patrões:</span></span><span style="font-weight: bold;font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;" ><br /><br /></span><p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >1.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Considerando que a atual crise financeira não foi gerada pelos trabalhadores, mas sim pelos especuladores;</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >2.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Considerando que no Brasil o empresariado em momentos de crises do próprio capitalismo, sempre usou das demissões e cortes de benefícios para manter seus lucros; </span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >3.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Considerando que a maioria das empresas nos últimos anos, teve lucros exorbitantes, outros segmentos da indústria continuam crescendo, mesmo com a atual crise financeira mundial e ainda assim, estão pressionando os governos para obterem facilidades e benefícios; </span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >4.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Considerando que muitas empresas estão demitindo, outras ameaçando demitir, <span style="color:black;">mesmo com acordos de flexibilização,</span><span style="color:red;"> </span>ainda aquelas que querem reduzir jornada com redução salarial ou até excluir benefícios, como assistência médica entre outros, criando na sociedade brasileira um verdadeiro clima de pânico, desconforto e insegurança, pois é ela que no final sempre arca com os custos de todas as crises geradas pelo capitalismo.</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >5.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Considerando que, com argumentos de que a crise econômica atingiu seus negócios, empresários estão modificando horários de trabalho, com o claro propósito de “flexibilizar” a legislação trabalhista, fato que, se acontecer estará aumentando o abismo existente entre a maioria dos mais pobres e a minoria dos mais ricos deste país.</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >6.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Considerando que, se alguma empresa, em face da crise econômica, se encontrar impossibilitada de cumprir com suas obrigações trabalhistas deve se submeter à justiça do trabalho e lá comprovar a sua situação; </span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style=";font-size:14;color:black;" >7.</span><span style=";font-size:7;color:black;" > </span><span style=";font-size:14;color:black;" >Considerando que o salário do trabalhador brasileiro é um dos mais baixos do mundo, uma vez que, segundo o Dieese ( Departamento de Estatísticas e Estudos Socieconômicos) o salário mínimo para sobrevivência no Brasil, em janeiro/2009 seria de R$ 2.077,00.</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >8.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Entendemos que demitir e flexibilizar direitos causará a redução do poder aquisitivo da classe trabalhadora e esta não é a solução para a crise, ao contrário, demissão e flexibilização só agravarão o problema, pois a economia ficará estancada. O caminho para enfrentarmos a crise passa pelo aquecimento do mercado interno, com a manutenção dos empregos e dos salários, assegurando-se assim, o poder de compra do trabalhador. Esta é a engrenagem que move a economia. </span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify;"><span style="color:black;">Neste sentido, os dirigentes sindicais de Limeira que assinam o presente manifesto, posicionam-se contra as demissões, as reduções salariais, a flexibilização de qualquer direito trabalhista e outras atitudes patronais que visem reduzir conquistas dos trabalhadores, como justificativa de solução para a crise econômica global.</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify;"><b><span>Para lutar contra a crise, propomos: </span></b></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >1.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Resistir a qualquer tentativa de golpe que pretenda reduzir, excluir ou flexibilizar direitos trabalhistas, pois as empresas que receberam benefícios e facilidades do governo e obtiveram altos lucros nos últimos anos têm obrigação de manter os empregos e os salários de seus trabalhadores. </span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >2.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Redução da jornada sem redução de salário;</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >3.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Estabilidade no emprego;</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >4.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Utilização do dinheiro público para socorrer os trabalhadores e não banqueiros e especuladores;</span></p> <p style="margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:14;" >5.</span><span style="font-size:7;"> </span><span style="font-size:14;">Criação do Comitê Sindical Contra a Crise.</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><span>Os/as sindicalistas de Limeira que assinam este manifesto, sempre estarão abertos às negociações, desde que o assunto em pauta não seja em detrimento da sobrevivência do trabalhador e da sua família que depende do seu salário.</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><span>A classe trabalhadora não pode pagar, mais uma vez, o custo da crise que ela não causou.</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: center; color: rgb(255, 255, 255);" align="center"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: center; color: rgb(255, 255, 255); font-weight: bold;" align="center"><span>SINDICATOS </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>APEOESP</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores Vestuários</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores Bancários</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores Químicos</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores Vigilantes</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Servidores Públicos</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato dos Professores</span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span style="font-size:14;"> </span></p> <p style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify; font-weight: bold;"><span>Sindicato das Domésticas</span></p> <img style="font-weight: bold;" src="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2941007164583168906&postID=7112538925443964446" width="1" height="1" /><span style="font-weight: bold;"> </span><img style="font-weight: bold;" src="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2941007164583168906&postID=7112538925443964446" width="1" height="1" /><br /><table style="width: 2px; height: 31px;" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td style="font-weight: bold;" rowspan="3" valign="top"><a href="http://www.grupos.com.br/" target="_blank"><br /></a></td> <td height="31"><br /></td></tr></tbody></table>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-41034441299981184042009-03-04T11:04:00.000-08:002009-03-04T11:16:00.823-08:00Ucrânia: Trabalhadores ocupam a fábrica Kherson Oksana Boiko<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqgOsWK711LdHgEmQMpzoa-UoS2PwLgedbgVt04cTuhsYv4MiW3lOo17rO5okK2ufhq-qVEYtjBMj8bcXN35Ccug7wvF9qW7WaNUmJkqOH_5G8yvBn6tU00LijvMWC3bmzhUMS3V0f0s4/s1600-h/ucrania-03.jpeg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqgOsWK711LdHgEmQMpzoa-UoS2PwLgedbgVt04cTuhsYv4MiW3lOo17rO5okK2ufhq-qVEYtjBMj8bcXN35Ccug7wvF9qW7WaNUmJkqOH_5G8yvBn6tU00LijvMWC3bmzhUMS3V0f0s4/s400/ucrania-03.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309411740058881890" border="0" /></a><br /><p align="left">Um protesto dos operários da fábrica mecânica de Kherson, na Ucrânia, decorre desde o dia 2 de Fevereiro, quando os operários ocuparam o edifício da administração. Durante uma semana, a ocupação foi manchete noticiosa, atraindo mesmo a atenção internacional.</p> <p align="left">Os operários actuaram decidida e responsavelmente e deram um exemplo para milhões de ucranianos, que sofrem diariamente humilhações e injustiça às mãos dos seus patrões. Os operários desta fábrica deram este passo, apesar da actual baixa intensidade do movimento dos trabalhadores na Ucrânia. Ao faze-lo, demonstraram, não apenas o seu próprio instinto - em luta pela sobrevivência - mas a sua preocupação pelo destino da sua fábrica.</p> <p align="left">A fabrica tem 120 anos. É a maior - provavelmente a única - fábrica de maquinaria agrícola na Ucrânia. Sofreu fortemente durante os anos 90 e, como muitas outras fábricas, quase colapsou a seguir à privatização após o colapso da economia planificada estalinista da Ucrânia.Com a sua velha maquinaria, era incapaz de competir efectivamente com o equipamento importado. Passou de um dono para outro, e para outro. Com cada transferência de propriedade, as condições de trabalho na Kherson pioravam. Atrasos nos pagamentos de salários eram frequentes e algumas vezes tiveram consequências trágicas.</p> <p align="left">Em 2006, um operário não conseguiu aguentar mais e enforcou-se no meio da fábrica. Isso naturalmente que enfureceu os outros operários e a administração finalmente arranjou dinheiro para os salários; com receio que se não o fizesse as consequências fossem catastróficas.</p> <p align="left">Nos últimos meses de 2007, Veio um novo dono, Alexander Oleinik, que acontece ser um dirigente do PArtido das Regiões (o partido russofano de Viktor Yanukovich). Começou uma “reestruturação” da fábrica, que foi pouco mais que uma desculpa para tirar os bens da empresa.</p> <p align="left">O novo dono não queria saber da sua responsabilidade em pagar os salários em atraso acumulados pelo seu antecessor, mesmo que tenha ficado com grandes stocks de mercadoria.</p> <p align="left">Em Março de 2008 estávamos com mais atrasos de pagamentos de salários. Em Setembro, deixaram de pagar completamente. Em Outubro cortaram 3 dias de trabalho por semana . Em Novembro foram planeados despedimentos e começaram as pressões para os operários chagar a “acordo”. Muitos dos mais jovens concordaram, não vendo futuro na fábrica. Isso deixou os operários mais velhos, que passaram a maior parte das suas vidas na fábrica.</p> <p align="left">Quando chegaram ao trabalho a 20 de Janeiro de 2009, viram um aviso que a tesouraria e o sector administrativo iriam ser mudadas para outra cidade. De imediato uma multidão se reuniu e ocupou as instalações, onde os trabalhadores se mantêm protestando contra o encerramento da fábrica.</p> <p align="left">A 2 de Fevereiro os operários constituíram o Conselho Operário e ocuparam em definitivo o bloco da administração. Esta novo corpo de auto-gestão, dirigido por um operário especializado, Lionid Nemchonok, exige o pagamento dos salários em atraso a serem pagos pelo patrão e o governo, a nacionalização da fábrica, o congelamento das contas bancárias de Olienik e que o estado assegure que a a fábrica se mantêm a funcionar A 3 de Fevereiro, os operários rebaptizaram a fábrica: Fábrica ESTATAL de Mecânica de Kherson”.<span id="more-438"></span></p> <p align="left">No dia seguinte, as autoridades da cidade apareceram para falar com os operários, no auditório da fábrica. O Presidente do Município começou por expressar a sua “solidariedade” com os trabalhadores. Disse ter um plano, mas não deu detalhes dele. Sob pressão, ofereceu um aval de 2 milhões de Grivna do orçamento social da cidade para os salários da fábrica. A proposta foi rejeitada pelos operários. Primeiro, só tinha que cobrir metade dos salários em atraso. Segundo, o orçamento social da cidade era para ajudar outros trabalhadores e não queriam ver os seus problemas resolvidos às custas de outros trabalhadores.</p> <p align="left">No último Sábado, realizou-se uma grande marcha de solidariedade. Mais de mil pessoas participaram, com muitos jovens da cidade, moradores e sindicalistas de outras cidades também estiveram presentes. Na frente da marcha iam os dirigentes do Conselho Operários, activistas de esquerda, (incluído militantes do CIT) e estudantes da Universidade de Simferopol.</p> <p align="left">Os cartazes levados pelos operários diziam”Façam os oligarcas pagara a crise” “Dêem salários aos operários e o controlo da fábrica!” , “Já não esperamos milagres, ocupámos a fábrica”, “Hoje Kherson, amanhã toda a Ucrânia”. Em resposta a políticos de partidos como o Partido Comunista, que apenas dão conforto, o principal slogan da marcha foi “Não fiques nos escombros, leva avante a greve!”</p> <p align="left">Entre os oradores estavam sindicalistas de outras cidades. Um prós a eleição de uma nova gestão de empresa e a contratação de pessoal técnico para preparar a fábrica para a produção. Como ele disse, se os operários exigem a nacionalização, tem de se discutir como é que a fábrica será gerida.<span style="text-decoration: underline;"><br /></span></p><span style="font-weight: bold;">INDICE DE ARTIGOS E NOTICIAS - TRABALHADORES EM LUTA PELO MUNDO.</span><p align="left"><br /><span style="text-decoration: underline;"></span></p>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-13896555601171661772009-03-04T10:43:00.000-08:002009-03-04T11:15:31.534-08:00Irlanda: fábrica histórica é ocupada pelos trabalhadores<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghZZFXK6yGiQWns9V5dNvPatQ3QeQbcQtJrcjjbMweE3_5ecdSpKmtXXRMykkRvQ4ySXOeBPnU3qzS63NAP6ZKhChwzoHoOEOhHHj5G7tNnXy1-NCjYNS-QX6__oLGEcaqttoGbUR4z_o/s1600-h/irlanda.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghZZFXK6yGiQWns9V5dNvPatQ3QeQbcQtJrcjjbMweE3_5ecdSpKmtXXRMykkRvQ4ySXOeBPnU3qzS63NAP6ZKhChwzoHoOEOhHHj5G7tNnXy1-NCjYNS-QX6__oLGEcaqttoGbUR4z_o/s200/irlanda.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309407772919162322" border="0" /></a><br /><p>Cerca de duzentos trabalhadores ocuparam a histórica fábrica Waterford Crystal em Kilbarry, perto de Waterford, na Irlanda. A ocupação começou na sexta-feira, em resposta à decisão da empresa falida de parar a produção por um período, fechar a fábrica (lock-out) e demitir cerca de 480 trabalhadores (de cerca de 800). As lojas da região têm fornecido alimentos e bebidas à ocupação.</p><p>O posicionamento da empresa, sob condições de um aprofundamento da crise econômica na Irlanda e internacionalmente, surgiu pouco depois de David Carson, um dos seus representantes, quebrar uma promessa feita anteriormente em nome da empresa, de que seria mantida a produção no local — onde são produzidos cristais de luxo para o mercado mundial.</p><p>Negociações pela compra da empresa estão em curso há algumas semanas, com dois potenciais compradores. A KPS Capital e a Clarion Capital consideram a compra do grupo Waterford Wedgewood, mas já relatam sua intenção de manter apenas 300 postos de trabalho na fábrica.</p><p>Membros do sindicato deixaram claro que não fariam nada para proteger os empregos dos trabalhadores. A Clarion apresentou uma nova proposta que aguarda a aprovação do sindicato Unite, com o secretário regional Jimmy Kelly afirmando que o Unite foi "encorajado" a aceitar. </p><p>Segundo a agência de notícias irlandesa RTE, somente 200 trabalhadores foram chamados para trabalhar no dia 02/02 — ou seja, aqueles que não receberam as cartas de demissão na sexta-feira à noite. O sindicato Unite, por sua vez, disse aos 200 restantes que aquele dia era um dia de trabalho normal.</p><p>A Waterford Wedgewood foi colocada sob administração judicial no mês passado, após não ter recebido uma extensão de crédito por parte dos bancos. A empresa emprega 800 trabalhadores em Waterford e mais de 6000 em todo o mundo, incluindo 1500 na Indonésia. Outras operações são terceirizadas em países como Brasil, Romênia e Eslovênia. A empresa ruiu após não conseguir pagar uma dívida de 449 milhões de Euros. Cerca de 367 demissões também foram anunciadas em Staffordshire, na Inglaterra, onde permanecem 1900 empregados pela empresa.</p><p>A ocupação é a prova de que amplas camadas dos trabalhadores buscam meios coletivos para resistir ao forte ataque contra seus padrões de vida que a crise financeira mundial traz consigo. </p><p>A intenção de Carson de parar a produção “vazou” aos trabalhadores e sindicalistas por antigos gestores da empresa. A notícia se espalhou a todos os trabalhadores e 60 ou 70 deles correram até a fábrica para paralisar toda a força de trabalho. Para outros, a primeira indicação do lock-out se deu quando o pessoal de segurança tentou fechar as portas. Nenhuma notificação oficial foi emitida aos funcionários, ou ao sindicato Unite.</p><p>Equipes de segurança privada que estiveram no local ao longo das últimas semanas tentaram barrar a ocupação, mas os trabalhadores conseguiram assumir o controle tanto da fábrica quanto de seu centro de visitação. Uma pessoa alegou ter se ferido levemente.</p><p>Cerca de 100 trabalhadores dormiram na fábrica durante a primeira noite. Colegas e parentes trouxeram roupas de cama e alimentos, enquanto um turno rotativo de oito horas foi estabelecido para garantir que até 40 trabalhadores estivessem no local a qualquer momento. Os trabalhadores dizem que estão comprometidos a permanecer no local até que a decisão do fechamento da fábrica seja revertida. Uma manifestação foi realizada fora da fábrica no sábado, da qual participaram cerca de 2000 apoiadores.</p><p>Muitos dos trabalhadores mais velhos trabalharam na Waterford por décadas, construiram pensões — que agora estão em perigo — e têm poucas perspectivas de um emprego alternativo.</p><p>John Dooley, um dos trabalhadores envolvidos, disse ao <em>Irish Times</em> que ainda espera receber 30.000 euros de pagamentos demissionais e mais 55.000 euros da empresa. "55.000 euros é pouco dinheiro para 46 anos de serviço — e seria necessário pouquíssimo dinheiro por parte do governo para manter este lugar funcionando. Nós vamos ficar aqui bastante tempo. Não temos nada a perder!".</p><p>Dooley entrou na empresa em 1962.</p><p>"Hoje eles puxaram nossa ficha", disse Jean Croke para o<em> Irish Independent</em>. "Fomos esquecidos. Muitos de nós viemos pra cá diretamente da escola, não trabalhamos em nenhum outro lugar. Como é que vamos arranjar um emprego agora? Não há nada lá fora para nós".</p><p>Por outro lado, as declarações dos membros do sindicato Unite deixaram claro que eles têm trabalhado estreitamente com a empresa desde o início de janeiro. Diante de toda a decadência da Waterford Wedgewood — um processo no qual milhares de postos de trabalho já foram perdidos — as relações entre a empresa e Unite têm sido amigáveis.</p><p>A principal preocupação do Unite é garantir que os cortes de emprego sejam por meios de pacotes, uma maneira de quebrar a resistência dos trabalhadores — pacotes de demissão por “invalidez” ou pacotes de demissão “voluntária”. Segundo afirmou o secretário do sindicato, Jimmy Kelly, no dia 5 de janeiro: "O sindicato vai colaborar estreitamente com todos os potenciais compradores da empresa, de modo a garantir o maior número de empregos".</p><p>Walter Cullen, outro membro do Unite, disse por telefone à imprensa que teve uma conversa com Carston — o representante da empresa — logo após o anúncio do lock-out.</p><p>Como disse: "Eu o lembrei que estava quebrando sua palavra, que tinha nos dado um compromisso de que não haveria demissões em larga escala semelhante à imposta em Wedgwood, e que, se uma decisão fosse tomada para fechar a empresa, ele teria de se reunir conosco para debater, pois temos alternativas. O que necessitamos agora é re-estabelecer o processo [de negociação], até que esta decisão seja revertida".</p><p>Além de colaborar com os potenciais compradores, os sindicatos irlandeses envolveram-se em conversas com o governo irlandês, para criação de uma nova "parceria" — garantir que os custos do colapso do capitalismo mundial, bem como o salvamento dos grandes bancos irlandeses, sejam repassados para a classe trabalhadora sob a forma de um grande congelamento dos salários.</p><p>Nada pode ser defendido por meio dos sindicatos burocratizados, vinculados em todos os aspectos ao capital irlandês e ao capital internacional. Os primeiros passos dados pelos trabalhadores da Waterford Wedgewood apontam para o caminho certo: desenvolver comitês independêntes de trabalhadores, com o objetivo, inclusive, de conseguir apoio de amplos setores da população, na Irlanda e em todo o mundo, que passa atualmente pelas mesmas pressões em seu nível de vida.</p><span style="font-weight: bold;">INDICE DE ARTIGOS E NOTICIAS - TRABALHADORES EM LUTA PELO MUNDO.</span>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-19845026172563093122009-03-04T09:07:00.000-08:002009-03-04T11:16:35.325-08:00Trabalhadores atrasam entrada e protestam na porta da GM de São Caetano<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj64c5m0kfWMsV90xYYs1FzsT6EQsG8cQwXuZ2yRMl_GYhCEhPbfRMp0eo_1cfePnIOgY8PYha-SliH9Up62Y7WM28Gz6BhrUwvKRo73MkvPqv_Bs-Gdrh4LR-T7ExO3QMvMvvARYbnsKY/s1600-h/logo_GM.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj64c5m0kfWMsV90xYYs1FzsT6EQsG8cQwXuZ2yRMl_GYhCEhPbfRMp0eo_1cfePnIOgY8PYha-SliH9Up62Y7WM28Gz6BhrUwvKRo73MkvPqv_Bs-Gdrh4LR-T7ExO3QMvMvvARYbnsKY/s200/logo_GM.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309381371284876322" border="0" /></a><br /><span class="mov_mat_subtitle">Mesmo sob chuva, metalúrgicos realizaram passeata e ato de 1 hora na porta da GM. Sindicato não comunicou decisão da empresa de dispensar todos os 1.630 temporários e falou em "sensibilizar" a GM</span><br /><br /><img src="http://www.pstu.org.br/img/px.gif" width="1" height="6" /><br /><span class="mov_mat_texto">Após seguir em passeata pela Avenida Goiás, cerca de 700 trabalhadores temporários da GM de São Caetano, no ABC paulista, chegaram até a porta da empresa. Durante o trajeto de cerca de 2 km, eles mantiveram uma das pistas fechadas e cantaram palavras de ordem pela renovação dos 1.630 contratos temporários de trabalho. Ao chegar a empresa, eles chegaram a fechar as duas pistas da avenida, provocando um gigantesco congestionamento na região.<br /><br />Os trabalhadores temporários estão em licença remunerada desde 21 de janeiro e seus contratos começam a vencer hoje. Os cerca de 700 trabalhadores que vieram em passeata até a frente da empresa fazem parte desse grupo. Em sua maioria, integravam o terceiro turno da empresa. Desde janeiro aguardam em casa, sem que nenhum protesto tenha sido convocado pelo sindicato, dirigido pela Força Sindical.<br /><br />Enquanto participavam do ato, a GM anunciava para a imprensa que todos seriam dispensados. Até o momento, o sindicato não comunicou os trabalhadores pelo carro de som. Segundo divulgado pela agência Reuters, a GM não irá renovar os contratos e vai demitir todos os 1.630. Segundo a montadora, 60 serão comunicados nesta sexta-feira, dia 27, e os demais durante o mês de março. A empresa planeja dispensar 50 pessoas por dia.<br /><br />O boletim Ferramenta de Luta, ligado à Conlutas, foi distribuído na assembléia, convocando a passeata e defendendo a resistência contra as demissões. O movimento de oposição afirmou que a empresa estava enrolando, e que a garantia dos empregos dependia unicamente da mobilização dos trabalhadores.<br /><br /><b>Licença para demitir</b><br />Na frente da empresa, uma forte chuva desabou sobre os manifestantes, que se mantiveram no local. Eles acompanharam a troca de turno, conversando com os trabalhadores que chegavam e que deixavam o trabalho. Os trabalhadores que estão chegando para trabalhar se juntam aos temporários e aos que saem do trabalho. Ao todo, entre 1.500 e 2.000 pessoas estão no local e a entrada foi atrasada em uma hora.<br /><br />O protesto ganhou força ao ser comunicado que a empresa anunciou que 900 trabalhadores serão colocados em licença-remunerada – 300 em São Caetano e 600 em São José dos Campos. O clima era de apreensão entre os trabalhadores, que sabem que podiam estar entre os 300 a ser enviados para a longa espera em casa.<br /><br />O sindicato anunciou que irá realizar novos protestos, que irá procurar “o presidente”, e que irá iniciar uma grande campanha para abrir negociações e “sensibilizar” a multinacional. Como se apelos fossem capaz de derrotar as demissões.<br /></span><span style="font-weight: bold;"><br />INDICE DE ARTIGOS E NOTICIAS - TRABALHADORES EM LUTA PELO MUNDO.</span><br /> <br /><a href="http://www.pstu.org.br/esp_crise_artigos.asp" class="mov_mat_indice"></a>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-84555597010023065602009-03-04T09:01:00.000-08:002009-03-04T11:17:31.590-08:00Embraer: uma luta de todos A Embraer tornou-se um símbolo da luta contra as demissões do país por vários motivos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOvsxL3wLVJsviFb523poVdY05V0GA08lSN8lZr4H5_JRXiMz4oU_pLAkXyrbmbgbMqCXW8XM-1z8icYfO2wxcbE1zwcIeXfW7xQyMz_tdu6tL7b9prezb-ZzucjWQLDtyOi0YAo1iKc8/s1600-h/embraer-logo.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 170px; height: 66px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOvsxL3wLVJsviFb523poVdY05V0GA08lSN8lZr4H5_JRXiMz4oU_pLAkXyrbmbgbMqCXW8XM-1z8icYfO2wxcbE1zwcIeXfW7xQyMz_tdu6tL7b9prezb-ZzucjWQLDtyOi0YAo1iKc8/s200/embraer-logo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309379861196048162" border="0" /></a><br /><span class="mov_mat_texto">Em primeiro lugar, é um símbolo do fracasso das privatizações. A empresa era uma fábrica estatal, que foi privatizada e entregue majoritariamente a grupos estrangeiros. Hoje 29,8% de suas ações são negociadas na Bolsa de Nova Iorque e outros 21,9% pertencem a três fundos de investimentos norte-americanos.<br /><br />Durante muito tempo, a Embraer foi mostrada como um exemplo do sucesso das privatizações. Hoje está claro que foi mais um fracasso. No período de crescimento, seus altíssimos lucros foram embolsados pelos estrangeiros. Quando veio a crise, foi a primeira grande empresa a demitir em massa. Foram 4.270 pais e mães de família demitidos, 4.270 tragédias causadas pela privatização.<br /><br />Em segundo lugar, é uma demonstração gritante de como funciona a burguesia. A receita bruta de vendas em 2008 foi de quase R$ 1 bilhão, maior que a de 2007. Uma parte dos lucros não foi reinvestida, mas jogada na especulação financeira. A queda dos lucros em 2008, em relação a 2007, teve a ver com perdas causadas pela especulação com derivativos. Mesmo assim, os lucros que sobraram bastariam para manter todos os trabalhadores. Não há sem nenhuma justificativa para as demissões.<br /><br />Em terceiro lugar, é uma mostra do caráter do governo Lula. Até hoje o presidente mantém alto índice de popularidade porque os trabalhadores acreditam que ele está ao seu lado, defende seus interesses. Sua atuação na Embraer desmente categoricamente isso.<br /><br />Ao serem anunciadas as demissões, Lula se disse indignado e chamou a direção da fábrica para discutir. Entre os operários, imediatamente se disseminou uma esperança. Afinal, Lula é o presidente e tem poder para fazer a fábrica recuar. O governo tem presença direta na direção da empresa pelo Fundo Previ, com 14,2% das ações. O BNDES emprestou R$ 20 bilhões à fábrica nos últimos 12 anos.<br /><br />Depois, a imprensa revelou que Lula já sabia das demissões três dias antes que elas ocorressem, sendo a indignação uma farsa. Na reunião com a direção da empresa, Lula sequer falou em rever as demissões, aceitando os argumentos da empresa. Junto com isso, se recusou a se reunir com os trabalhadores, ouvindo só a patronal. Foi a ação de um governo a serviço dos patrões: garante empréstimos e avaliza as demissões.<br /><br />Por todos esses motivos, a Embraer hoje é um símbolo nacional de luta contra as demissões. Todos os sindicatos, entidades do movimento estudantil e popular devem cerrar fileiras exigindo do governo Lula a reintegração dos demitidos e a reestatização da empresa.<br /><br />A Conlutas, junto com a Intersindical, a Pastoral Operária e outros setores, está preparando um grande dia nacional de mobilizações e paralisações para 1º de abril. É preciso incorporar a questão da Embraer como parte fundamental dessa luta. Uma moção deve ser apresentada em todas as entidades do movimento sindical, estudantil e popular exigindo do governo a reintegração dos demitidos e a reestatização da empresa.<br /></span><span style="font-weight: bold;"><br />INDICE DE ARTIGOS E NOTICIAS - TRABALHADORES EM LUTA PELO MUNDO.</span><br /> <br /><a href="http://www.pstu.org.br/esp_crise_artigos.asp" class="mov_mat_indice"></a>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-46431292298681283732009-03-04T08:55:00.000-08:002009-03-04T08:58:36.719-08:00Caravana vai a Brasília exigir que Lula interfira nas demissões da Embraer .<span class="mov_mat_texto"><br />Uma caravana de trabalhadores segue nesta terça-feira, dia 3, para Brasília para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a interferir nas 4.270 demissões anunciadas pela Embraer.<br /><br />A mobilização está sendo organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e pela Conlutas e foi aprovada em assembleia realizada hoje entre os demitidos da Embraer. Os ônibus saíram por volta das 15h30 da sede do Sindicato e devem chegar a Brasília na quarta-feira, às 9h.<br /><br />Em Brasília, os trabalhadores serão divididos em três comissões, que seguirão para o Palácio do Planalto, Senado e Câmara dos Deputados. Do presidente Lula, serão cobradas medidas concretas para cancelar definitivamente as demissões na Embraer. O Sindicato também reivindica a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e estabilidade no emprego.<br /><br />No mesmo dia em que a empresa anunciou os cortes, em 19 de fevereiro, o presidente do Sindicato Adilson dos Santos foi a Brasília para tentar, sem sucesso, ser recebido pelo presidente Lula. Uma semana depois, Lula recebeu o presidente da Embraer, Frederico Curado, mas não fez qualquer menção para que a empresa readmitisse os trabalhadores.<br /><br /><i>“Tão importante quanto as ações na Justiça, são as mobilizações dos trabalhadores. Nossa ida a Brasília é fundamental para que a Embraer reverta as demissões. Temos de ir pra rua e exigir um posicionamento claro e urgente do presidente Lula em favor dos demitidos. Se ele ouviu a empresa, agora tem a obrigação de ouvir os trabalhadores”</i>, afirma Adilson dos Santos.<br /><br /><b>Ministério Público propôs reintegração</b><br />O Ministério Público do Trabalho propôs a reintegração imediata dos 4.270 trabalhadores demitidos da Embraer e a abertura de negociação entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A proposta foi feita pelo procurador do Trabalho Roberto Pinto Ribeiro, em audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira, dia 2, no MPT, em São José dos Campos.<br /><br />A Embraer, entretanto, se recusou a atender a proposta e rejeitou qualquer negociação com o Sindicato. O procurador Roberto Pinto Ribeiro solicitou que a Embraer apresentasse provas documentais de que havia tentado negociar com o Sindicato antes de promover as demissões. Entretanto, como esta tentativa não existiu, a empresa não apresentou os documentos. Já os representantes do Sindicato apresentaram as quatro cartas enviadas à empresa, entre novembro e fevereiro, solicitando agendamento de negociação.<br /><br /><i>“Assim como o TRT, o Ministério Público reconheceu a necessidade da empresa em cancelar as demissões. A audiência mostrou também que a Embraer mantém sua postura arbitrária de desrespeito aos trabalhadores e à organização sindical”</i>, afirma o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates.<br /><br /><b>Caravana para Campinas</b><br />A mesma caravana que vai a Brasília seguirá para Campinas para acompanhar a audiência de conciliação, no TRT, entre a Embraer e o Sindicato dos Metalúrgicos. Os manifestantes irão se unir a uma segunda caravana que sairá de São José dos Campos, às 6h, para Campinas.<br /><br />Na audiência da próxima quinta-feira, será discutida a ação ajuizada pela Conlutas e pelos Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de Botucatu, pedindo a anulação das demissões.<br /><br /><br /></span>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-67162049757500736632009-03-04T08:46:00.000-08:002009-03-04T11:18:32.190-08:00Britânia fecha fábrica na Bahia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHe7BRL8QftwN2rqn96r8R2g_Mlo9fpOPc18hGolkKChy5KFkE_NvBpR42HqPc7WZOmAY6o8d8uCYb_V9bz53NBCbz98vXYkR65W8n2U0jY4B3-h322ggnQHLripYWRLZ1QPZWi_vZMNU/s1600-h/logo_britania.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 160px; height: 115px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHe7BRL8QftwN2rqn96r8R2g_Mlo9fpOPc18hGolkKChy5KFkE_NvBpR42HqPc7WZOmAY6o8d8uCYb_V9bz53NBCbz98vXYkR65W8n2U0jY4B3-h322ggnQHLripYWRLZ1QPZWi_vZMNU/s400/logo_britania.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309375396716844754" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYrLBBDCOUT5wfWmhw_9wUtQgNvddFYPfKwk939C6aK1st-cU2MP85ZhOJpyrhzoDSG8l_y9LKchB8IFuXl_dqN0PBjBOa9bgl2-Mq9oFF2C6z4nrxXtUZnS6g1Qib4O-Gc-D3-gfxk7w/s1600-h/logo_britania.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 1px; height: 1px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYrLBBDCOUT5wfWmhw_9wUtQgNvddFYPfKwk939C6aK1st-cU2MP85ZhOJpyrhzoDSG8l_y9LKchB8IFuXl_dqN0PBjBOa9bgl2-Mq9oFF2C6z4nrxXtUZnS6g1Qib4O-Gc-D3-gfxk7w/s400/logo_britania.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309375198466406786" border="0" /></a><span class="mov_mat_texto">No dia 26 de fevereiro, os trabalhadores da Britânia receberam a notícia do fechamento da fábrica de Camaçari (BA). A unidade produzia ventiladores, ferros elétricos, batedeiras, liquidificadores e espremedores de fruta. Ficaram desempregados 370 operários.<br /><br />O que mais espanta no fechamento da Britânia é que essa empresa terminou o ano a todo vapor e voltou em ritmo normal. No dia 10 de fevereiro, os trabalhadores entraram em férias coletivas, com o retorno previsto para a próxima segunda-feira, dia 2 de março.<br /><br />A Britânia disse que o fechamento da empresa se deu porque não está fazendo tanto calor no sudeste e que no nordeste não se usa espremedor por causa do alto consumo de polpa de fruta. Uma piada. Em nota oficial a empresa anunciou a transferência para Santa Catarina.<br /><br />O fechamento da Britânia é prova de que a crise econômica já se espalhou por todo país. Na Bahia, já são quase 2 mil trabalhadores do ramo metalúrgico demitidos nos últimos três meses. No setor de borracha, as demissões estão correndo soltas. A Pirelli, só nos dois primeiros meses do ano, demitiu mais de cem trabalhadores.<br /><br />A empresa recebia uma série de isenções fiscais, como IPTU e ISS. Além disso, recebeu uma área de 50 mil metros quadrados para funcionamento da empresa.<br /><br /><b>Sindicato não aposta na mobilização para barrar demissões</b><br />Desde que a crise se intensificou, o Movimento Operário Metalúrgico (MOM), oposição ao sindicato e ligado à Conlutas, vem chamando a atenção da direção do sindicato para necessidade da mobilização para barrar as demissões. Entretanto, a direção, ligada ao PCdoB/CTB dizia para os trabalhadores que a crise não chegaria ao país.<br /><br /></span><span class="mov_mat_autor"><b>Cipriano Souza, de Camaçari (BA)</b></span><br /><span class="mov_mat_texto"><br />O MOM-Conlutas a todo momento falava que a crise era grave e que as férias coletivas já eram um sinal de que as demissões viriam.<br /><br /><b>Prefeitura e governo do Estado devem assumir culpa pelas demissões </b><br />Passadas 48 horas do fechamento de uma fábrica na Bahia, o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), ainda não se pronunciou. A prefeitura de Camaçari, por sua vez, só está preocupada em reaver o terreno doado para Britânia e fala em relocalizar os demitidos em fábricas que ainda não estão nem prontas. Um verdadeiro absurdo.<br /><br />Ao contrário dessa postura, os governantes do PT deveriam estar discutindo a estatização da empresa sob o controle dos operários, que é a única medida para salvar os empregos dos trabalhadores.<br /><br /><b>Um chamado ao sindicato</b><br />Só as mobilizações dos trabalhadores podem barrar as demissões. Achamos que a direção do sindicato deve organizar os trabalhadores da Britânia e demais metalúrgicos para lutarem pelos empregos. Além disso, precisamos urgentemente construir um comitê em defesa da estabilidade do emprego e contra a redução de salários e direitos em Camaçari.<br /><br />No dia 2 de março, a empresa vai entregar as cartas de demissões. Achamos que essa é uma boa oportunidade para o sindicato começar a apostar no poder de mobilização dos operários e exigir dos governantes a estatização da Britânia sob o controle dos trabalhadores.<br /></span><span style="font-weight: bold;"><br />INDICE DE ARTIGOS E NOTICIAS - TRABALHADORES EM LUTA PELO MUNDO.</span><br /><span class="mov_mat_texto"><br /></span>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-67766748096884280912009-03-04T08:19:00.000-08:002009-03-04T11:19:18.584-08:00Argentina: crise se aprofunda, desemprego aumenta e sindicalistas bloqueiam a luta da classe operária<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdr_lpSh0NVJBZEC3nwg5TuVBueoHEz8s6BACp28D411RtKFwo4mfqfq-erGfst41-9DqTgC-bhzqz7QE-_wpOcKociBU5dxwuxWvRSIWTx3TZY4es-MkchwwkPK7jRzg7OvnCAHggxTw/s1600-h/620_argentina05.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdr_lpSh0NVJBZEC3nwg5TuVBueoHEz8s6BACp28D411RtKFwo4mfqfq-erGfst41-9DqTgC-bhzqz7QE-_wpOcKociBU5dxwuxWvRSIWTx3TZY4es-MkchwwkPK7jRzg7OvnCAHggxTw/s400/620_argentina05.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309369475066232114" border="0" /></a><br /><p><strong>Produção industrial em queda</strong></p><p><strong></strong></p><p>Os efeitos da crise financeira mundial continuam se manifestando em índices que comprovam uma grande desaceleração econômica. A produção industrial Argentina voltou a cair pelo quarto mês consecutivo. Segundo dados divulgados pela Orlando J. Ferreres e Associados, a produção industrial caiu 12,5% em dezembro de 2008 e 9,1% no primeiro mês de 2009.</p><p>Responsáveis pela pesquisa afirmaram que a crise internacional “originalmente financeira” está apresentando “importantes efeitos negativos na economia global, o que inevitavelmente afeta as exportações industriais das economias em desenvolvimento, como a Argentina”.</p><p>Um dos setores industriais que mais sofreu com a crise é o automobilístico. O setor vem apresentando quedas consecutivas nos últimos meses. A produção de automóveis na Argentina em janeiro de 2009 foi de apenas 18.720 unidades, o que representa uma queda de 54%. Devemos destacar que o setor automobilístico foi um dos que mais cresceu nos últimos anos, depois da crise que a Argentina atravessou em 2001. Não obstante, nesse período de crise todas as contradições da economia capitalista são reveladas e o mesmo setor que vinha crescendo entra agora em recessão.</p><p>Essa queda na produção industrial também é confirmada pela Fundação de Investigação Economica Latino-americana (FIEL). Segundo a fundação, “desde agosto de 2008 o índice de produção industrial vem apresentando dados negativos. Estaria agora indicando um pico e estaríamos entrando numa fase de recessão industrial”. Teria chegado ao fim o ciclo de crescimento iniciado em 2002.</p><p><strong><br />Novas demissões são anunciadas a cada dia</strong></p><p>Todo esse processo que aponta para uma queda na produção industrial se traduz para a classe trabalhadora na forma de demissões e mais demissões. A queda na venda de automóveis, a baixa na produção, a queda da taxa de lucro das empresas, tudo isso se traduz em desemprego para a classe trabalhadora. Num cenário de crise, as indústrias buscam cortar gastos e as demissões são as primeiras medidas anunciadas pelos patrões.</p><p>Como noticiamos em artigos anteriores, desde o início do ano mais de 150 mil trabalhadores da indústria Argentina estão parados. Muitos tiveram suas férias ampliadas e esperam serem chamados de volta ao trabalho, outros já foram demitidos e hoje engrossam as fileiras do exército industrial de reserva, outros ainda estão na fábrica, mas tiveram seus salários reduzidos e temem pela demissão a qualquer momento. Diante da crise, essa é a situação real da classe trabalhadora. Mais uma vez são os operários que pagam pela crise.</p><p>Nessa última semana outras centenas de trabalhadores foram despedidos. A fábrica de caminhões da Iveco, do grupo Fiat, comunicou a demissão de 150 trabalhadores contratados. A Smata anunciou a demissão de mais 270 operários. Mas o maior corte de empregos foi anunciado pela Gestamp, do grupo Volkswagen. A empresa anunciou a demissão de 700 trabalhadores.</p><p><strong><br />A burguesia do campo se levanta mais uma vez contra o governo </strong></p><p>Apesar dessa situação dramática enfrentada pela classe trabalhadora, mais uma vez a luta política na Argentina se polariza entre os latifundiários e o governo. Tem se desenvolvido no último mês mais uma grave crise entre o governo liderado por Cristina Kirchner e a burguesia rural latifundiária. Da mesma forma como ocorreu no ano passado, o campo enfrenta o Estado e o pivô da disputa são os impostos cobrados sob produtos agrícolas para exportação. </p><p>O conflito já se arrasta por algumas semanas e nessa atual conjuntura, chama atenção a ausência da classe operária na luta política. Essa nova crise entre governo e os grandes latifúndios expressa mais uma vez a crise da direção revolucionária. Em meio a esta disputa estão os trabalhadores amargando os efeitos da crise e o crescente desemprego. Direções corruptas e aliadas ao peronismo kirchnerista garantem a manutenção da “ordem” afastando a classe operária da luta. </p><p>Hugo Moyano, caminhoneiro e principal dirigente da CGT, tem sido um dos grandes aliados de Cristina Kirchner nesta crise. É Moyano e a CGT que têm garantido até agora que o frágil governo de Cristina Kirchner se mantenha firme durante toda esta crise e possa aparecer até mesmo diante dos trabalhadores como o único governo capaz de enfrentar o campo. </p><p>É interessante notarmos que mais uma vez a luta se polariza entre dois setores da burguesia e, bloqueada pela sua direção traidora, a classe operária tem apenas assistido paralisada ao conflito. Para os trabalhadores argentinos, nem o Estado burguês nem a burguesia latifundiária representam alternativas para a luta. A classe operária precisa se libertar das direções traidoras e construir uma frente verdadeiramente operária que lute por seus reais interesses imediatos, pelo salário e pelo emprego.</p><span style="font-weight: bold;">INDICE DE ARTIGOS E NOTICIAS - TRABALHADORES EM LUTA PELO MUNDO.</span>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-1799443076160807522008-12-19T12:49:00.000-08:002008-12-19T12:53:38.748-08:00EDITORIAL:A crise econômica e a saída para os trabalhadores<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw3qXuNPVJJVbkKc7CH9AY7gMsF7bj5TBhhUt2XEGRXahnVQWgxD1I8_jg3unk5CQQAPqvZQ0bPn3-zv_6cGAYvcw5TJhvadOXh0hTW7_ML-9PU2iSn6M-y4kN7IYUeKGDK8DIT3tXd5o/s1600-h/gg.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281606616902287090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 289px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw3qXuNPVJJVbkKc7CH9AY7gMsF7bj5TBhhUt2XEGRXahnVQWgxD1I8_jg3unk5CQQAPqvZQ0bPn3-zv_6cGAYvcw5TJhvadOXh0hTW7_ML-9PU2iSn6M-y4kN7IYUeKGDK8DIT3tXd5o/s400/gg.bmp" border="0" /></a> Caros trabalhadores, a crise econômica já se faz sentir na nossa empresa. Férias coletivas, linhas de exportação diminuíram a produção e começam a ocorrer demissões. É fácil perceber quem irá pagar por essa crise: nós, os trabalhadores. No entanto, isso não é um destino ao qual nós estejamos condenados. Nós podemos e devemos reverter essa situação. A nossa única saída é a organização independente – portanto, por fora do sindicato patronal – para garantirmos os empregos de todos os trabalhadores.<br />Temos de ter clareza: se for necessário, para evitar as demissões, temos todo o direito de fazer greve, na garantia dos postos de trabalho. O Japão declarou recessão, a Finlândia pediu empréstimo para o FMI para não entrar em falência e a União Européia já sente com força os efeitos da crise. É impossível imaginar que nossa empresa está fora da economia e não será vítima da crise. Não podemos ficar vendo a crise chegar e sermos expectadores da demissão de nossos companheiros trabalhadores.<br />Se há a iminência de países falirem, não podemos descartar a possibilidade da Whirpool falir, já que sua produção está ligada diretamente à especulação financeira (bolsa de valores). Os capitalistas – especuladores, banqueiros, latifundiários e grandes empresários e suas corporações – são unidos em todo o planeta e vão debitar a conta da crise, que eles próprios criaram, em nós trabalhadores. Os governos, que injetam dinheiro no mercado para salvar o capitalismo, são seus aliados. Como os capitalistas são unidos na sua tentativa de responsabilizar os trabalhadores pela crise, nós também temos de ser unidos para resistirmos e criar uma alternativa a esse sistema que comprovou seu fracasso histórico. Caso a previsão de quebras de empresas se confirme, não há outra saída a não ser os trabalhadores autogerirem a empresa para garantir o direito ao trabalho.<br />Em 2001, a Argentina, adepta da receita de governo neoliberal, entrou em uma crise econômica sem precedentes e houve falência geral das empresas. Os trabalhadores viram como única alternativa na preservação de seus empregos – e na sua própria sobrevivência! – a autogestão operária das empresas. Ora, se os capitalistas quebram suas próprias empresas com uma crise que eles próprios criaram, é direito dos trabalhadores garantirem sua subsistência e de suas famílias ocupando e gerindo as empresas.<br />Portanto, nós trabalhadores temos que nos organizarmos para garantir nossos empregos.<br />Nenhuma demissão! Os trabalhadores não são responsáveis pela crise;<br />Se houver demissões, que respondamos com greve! É nosso direito.<br /><br />Rádio Peão<br /><a href="mailto:radiopeaoindependente@gmail.com">radiopeaoindependente@gmail.com</a><br /><a href="http://radiopeaoindependente.blogspot.com/">http://radiopeaoindependente.blogspot.com/</a>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-57798294844825562762008-12-19T12:41:00.000-08:002008-12-19T12:49:08.832-08:00A CRISE CHEGOU À FÁBRICA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwCS-Eq_kMox9ujgSb9tFc17wjzMw1g68hOx78E9tsEMjwqFegu3PYcntKM7yxJ7M5vtXprC6MYjMBTlCss_ja-GGaNmWBEOMgZXYt6GeFmElljZXONm2kRyEUdSLHZagA1dJA1fIMZ3g/s1600-h/ttt.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281605008529655826" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 212px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwCS-Eq_kMox9ujgSb9tFc17wjzMw1g68hOx78E9tsEMjwqFegu3PYcntKM7yxJ7M5vtXprC6MYjMBTlCss_ja-GGaNmWBEOMgZXYt6GeFmElljZXONm2kRyEUdSLHZagA1dJA1fIMZ3g/s320/ttt.bmp" border="0" /></a> Para a Rádio Peão é absurdo afirmar e continuar dizendo que a crise é internacional e ainda não chegou ao nosso país, mais especificamente em nossa fábrica. No Brasil, a Companhia Vale, a maior empresa brasileira do ramo da mineração, anunciou a demissão de 1.300 funcionários e 5.500 outros são obrigados a aderir a férias coletivas. A Vale também divulgou na imprensa que duas unidades irão “parar temporariamente”. A ArcerlorMittal (grupo dono da Vega do Sul) anunciou que pretende demitir até 9.000 empregados no mundo, inclusive no país. Na Whirpool, é necessário derrubar as afirmações segundo as quais não existe crise.<br />Primeiramente, várias demissões vêm ocorrendo. É visto por todos o grande número de trabalhadores que estão sendo demitidos na fábrica, mês a mês, depois do estouro da crise, mas é difícil chegarmos a números, porque eles não são oficializados pela empresa. Outro problema é o grande remanejamento de operários com a intenção de demiti-los. Em razão do tamanho da fabrica, é difícil estimar quantos trabalhadores são demitidos sob o pretexto de remanejamento.<br />Outro indício da crise é o fechamento de linhas e a denúncia, feita pelos trabalhadores das empresas terceirizadas responsáveis pelos estoques e o transporte, de que os estoques estão abarrotados de produtos à espera de vendas, principalmente nas linhas de exportações. A situação dos estoques e as demissões não são ainda piores por causa da situação das vendas no mercado interno. O país ainda está ainda aquecido e tem fôlego neste fim de ano para vendas, promovidas principalmente pelas datas de fim de ano natal e ano novo.<br />Outra circunstância agravante são as férias. Muitas linhas vão parar e dar férias, situação que a direção da fábrica promove em virtude dos estoques e da queda de vendas para o exterior.<br />A partir desta situação de crise os dirigentes da fábrica tomam estas medidas de demissões e férias, esperando para ver como o mercado interno e externo se portará a partir do ano que vem. Nem a empresa, nem o sindicato pelego e patronal se declararam oficialmente aos trabalhadores sobre a crise que se abateu em nossas portas, em uma atitude de clara enganação aos operários. Principalmente o sindicato que deveria ser o responsável de estar informando e alertando sobre a crise, e, mais que isto, protegendo os trabalhadores das demissões. Mas todos nos já estamos cansados de saber para quem o sindicato trabalha e por quem ele luta.<br />É necessário atenção de todos, pois os períodos de crise fortalecem a situação de assédio moral por parte de dirigentes, que se aproveitam do medo dos trabalhadores de serem demitidos para coagi-los, garantindo seus interesses de exploração do trabalho.<br />Se a pouco tempo vivíamos uma época de vacas gordas com muitas ofertas de emprego e tranqüilidade de sair da empresa, hoje vemos que a situação está se revertendo, em direção da crise que chegou. Por isto proclamamos a todos: Força e Coragem para enfrentar esta situação de desempregos e de recessões vindo de todos os lados!<br />Trabalhadores da Whirpool, é preciso lutar e resistir, abaixo o desemprego e a exploração!<br /><div></div><div><strong>*Grégorio Mendes-Trabalhador e comentarista da Rádio Peão.</strong></div>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-36724908128371478222008-12-19T12:21:00.000-08:002008-12-19T12:57:07.807-08:00A DEMOCRACIA ENTROU NA FÁBRICA.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhARabNnmIGs-Rcb1IVgqRePJYvUHKLy-aGYorQSjepTzgC73xpYptSH7GFjQLx6hxeTE9QyDonkqUSp_robWahjan-EJITHMLmJIj6E0fb8tpYvuXX9bIygs7wnUALonRnelyaaW5GeYw/s1600-h/OperariosY.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281603680865171554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 286px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhARabNnmIGs-Rcb1IVgqRePJYvUHKLy-aGYorQSjepTzgC73xpYptSH7GFjQLx6hxeTE9QyDonkqUSp_robWahjan-EJITHMLmJIj6E0fb8tpYvuXX9bIygs7wnUALonRnelyaaW5GeYw/s400/OperariosY.jpg" border="0" /></a> Indubitavelmente a democracia é o melhor modelo de organização política que a humanidade já excogitou. No entanto, lá onde se introduziu no contexto de relações capitalistas de produção, vive em permanente crise. Por sua própria lógica interna, tais relações produzem desigualdades sociais e exclusões que corroem pela base a idéia mesma de democracia. Democracia que convive com miséria e exploração se transforma numa farsa e representa a negação da própria democracia. É notório que a democracia sempre parou na parta da fábrica. Lá dentro vigora, com elogiosas exceções, a ditadura dos donos e de seus administradores. Não obstante esta contradição, nunca cessa a vontade de fazer da “democracia, valor universal”, sonho imorredouro do notável teórico italiano, Norberto Bobbio, ou a “democracia sem fim” de Boaventura de Souza Santos, quiçá o melhor pensador político português, quer dizer, a democracia como projeto a ser realizado em todos os âmbitos da convivência humana e indefinidamente perfectível.<br />Em todas as partes, se procura romper o pensamento único e o modo único de produção capitalista, inventando formas participativas de produção e abrindo brechas novas pelas quais se possa concretizar o espírito democrático.<br />Recentemente, tive a oportunidade de assistir o exercício democrático de produção dentro de uma fábrica de cerâmica na cidade de Neuquén no sul da Argentina, na porta de entrada da Patagônia. Trata-se da Cerâmica Zanon, que pertencia a um grupo econômico multinacional, cujo dono principal era Luis Zanon, da empresa Ital Park, testa de ferro da privatização das Aerolineas Argentinas e um dos cem empresários mais ricos na Argentina. Este empresário, em 2001, estava prestes a decretar a falência da empresa. Chegou a demitir 380 operários e, ao mesmo tempo, tomava milionários empréstimos de vários organismos financeiros, para com a falência sair enriquecido. Tratava-se, portanto, de uma falência fraudulenta, como depois foi provado.<br />Os operários resistiram, começaram a se organizar e se articular com outras entidades sindicais, movimentos sociais, universidades, igrejas e diretamente mobilizando a sociedade civil local e até a nacional. Todos os intentos por parte da polícia de desaloja-los foram frustrados. Os operários assumiram a direção da fábrica de forma democrática, organizaram a complexa produção de cerâmica, de alta qualidade, com maquinaria moderna de origem italiana. Decretada a falência em 2005, trocaram o nome da fábrica. Agora se chama “Fasinpat” (fabrica sin patrones). Democraticamente ajustaram os departamentos, introduziram a rotatividade nas funções para todos poderem aprender mais, fizeram parcerias com a universidade local. Não só. A fábrica não se reduz a produzir produtos materiais, mas também cultura, com biblioteca, visitação de escolas, shows multitudinários no grande pátio, colaboração com os indígenas mapuche que ofereceram sua rica simbologia assumida na produção. Lá trabalham 470 operários produzindo mensalmente 400 mil metros quadrados de vários tipos de cerâmica de comprovada qualidade.<br />Fazia gosto de ver o rosto dos operários desanuviados, libertos da servidão do trabalho alienado, contentes de estar levando avante a democracia real nas relações produtivas que se revertiam em relações humanizadoras entre eles. Sua postulação é que o Estado expropie a fábrica, sem pagar as dívidas por terem sido fraudulentas e entregue a gestão aos próprios operários a serviço da comunidade através de obras públicas como construção de casas populares, postos de saúde, colégios e outros fins sociais. Como se depreende, a democracia pode sempre crescer e mostrar seu caráter humanizador.<br /><br /><strong>* Leonardo Boff - filósofo e teólogo da Libertação<br /></strong><br /><br /><div></div>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-54451456786212936992008-12-19T12:00:00.001-08:002008-12-19T12:37:08.194-08:00COMO TRABALHAR COM MEDO?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRPfcpvaJqzetOxG0JSM-9zvRe5PQlK42xH5hToalghj3-n58xuzcngG6YNbHeg-XeNEGZomOjToOtlg8Pg_dF8ETBcxCj4B5tuEHblfKzs-YW6qstcAFkL3fZ_mOJsEXqaMa1b9S-Das/s1600-h/desm.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281602919138816882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 242px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRPfcpvaJqzetOxG0JSM-9zvRe5PQlK42xH5hToalghj3-n58xuzcngG6YNbHeg-XeNEGZomOjToOtlg8Pg_dF8ETBcxCj4B5tuEHblfKzs-YW6qstcAFkL3fZ_mOJsEXqaMa1b9S-Das/s320/desm.bmp" border="0" /></a> Como trabalhar em um clima de medo? Talvez seja essa a pergunta que muitos trabalhadores da Whirlpool estejam se fazendo hoje. Pais e mães de família, jovens que pagam seus estudos. Centenas de pessoas com mais de 40 anos que sabem que uma demissão pode significar uma tragédia, tendo em vista que o mercado de trabalho dificilmente os aceitaria de volta. A crise, já assumida pela chefia, assusta toda a população da fábrica, mas principalmente os operários, que em muitos casos não tiveram oportunidade de estudar ou se formar na profissão que queriam. É essa gente, que durante anos batalhou para colocar as máquinas a trabalhar, que agora está sendo submetida a um clima de medo e insegurança, sabendo que a qualquer momento pode perder seus empregos.<br />Em todas as linhas e em todas as áreas da fábrica, os boatos e as incertezas correm na mesma velocidade que as demissões, tão mascaradas pelos supervisores. As vítimas mais visadas são o que possuem mais tempo de casa e, consequentemente, recebem salários maiores. Na tentativa de cortar gastos, pelo menos é essa a desculpa, essas pessoas são demitidas para que entre gente nova, que até então estava desesperada para conseguir um emprego e acaba se sujeitando a baixos salários e ritimo de trabalho desumano. Essa nova mão-de-obra é mantida a qualquer custo dentro da fábrica. Dessa forma, a Whirlpool passou de uma empresa que antes esperava seis meses para saber se ia contratar o funcionário a uma empresa que efetiva em apenas um dia. Um fato é importante ressaltar: essa leva de demissões não irá atingir apenas operários, mas também supervisores, engenheiros e quem precisar ser demitido para que os efeitos da crise atinjam menos os lucros dessa multinacional.<br />A crise causa medo, e o medo faz com que as pessoas tomem medidas desesperadas no intuito de manter seu emprego. Um exemplo disso são as pessoas que escondem suas contusões e machucados com medo de que isso cause seu desligamento da empresa. Ao fazerem isso estão causando danos irreparáveis a sua saúde. Muitas das lesões e machucados são adquiridos no chão de fábrica, na rotina diária.<br /><br /><strong>*Agenor de Oliveira- Trabalhador e comentarista da Rádio Peão.</strong>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-75369684368914181462008-06-15T14:55:00.000-07:002008-08-06T13:54:04.203-07:00Errata<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFPQw7DfIwyp8HyPMVMfJ5hOnaIekj9IQqGo5Pa1oZ1iH3MJvQNgoKDSgiSmvrlTa8eJ9PubiiMo9wyGkBq9KaT9_Mzt77KVfiIaijpUT5jRZUpr8tu_WVyykisQpdjIZdjCrSryh3CAE/s1600-h/temposmod02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231510833346780690" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFPQw7DfIwyp8HyPMVMfJ5hOnaIekj9IQqGo5Pa1oZ1iH3MJvQNgoKDSgiSmvrlTa8eJ9PubiiMo9wyGkBq9KaT9_Mzt77KVfiIaijpUT5jRZUpr8tu_WVyykisQpdjIZdjCrSryh3CAE/s200/temposmod02.jpg" border="0" /></a><br /><div>No 2º parágrafo do texto <em>PPR 2006: vale a pena lembrar </em>está escrito que a empresa estava negando-se a pagar o PPR de 2007. No entanto, o correto, é o PPR de 2006. A falha está tanto em nossa edição virtual quanto impressa. Pedimos desculpas pelo erro de revisão.</div>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-60223323416995011782008-06-07T09:53:00.000-07:002008-12-19T13:02:59.365-08:00De olho nas demissões<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG02G5E5uBTuCwhNcxB_Dx5tDWRaIlsFgMlGgviCH6vB5cKuGvHSo6mszoSVfxzJNZx0HfAgfmdmoTiSYau8HwCNxN42mYMANuSoXl7aRa1Z8aqp4OTbGaHpLlkzUqvvImcATJ1vryl44/s1600-h/027desemprego.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231512599998997282" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG02G5E5uBTuCwhNcxB_Dx5tDWRaIlsFgMlGgviCH6vB5cKuGvHSo6mszoSVfxzJNZx0HfAgfmdmoTiSYau8HwCNxN42mYMANuSoXl7aRa1Z8aqp4OTbGaHpLlkzUqvvImcATJ1vryl44/s200/027desemprego.jpg" border="0" /></a> <span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;" >A <i>Rádio Peão</i> vem acompanhando com atenção as demissões há alguns anos. O que podemos verificar nesse período é que a Whirpool está com um plano de reestruturação da sua mão de obra. E neste projeto de reestruturação estão alguns pontos fundamentais identificados por nós como: quebrar com a velha política de estabilidade dos trabalhadores, reduzir salários e modificar a organização hierárquica herdada da política fundada pelo patriarca da Cônsul, Wittich Freitag.<?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></span> <div><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >Para consolidar este programa é necessário <b>demitir</b> prioritariamente os velhos trabalhadores que estão com salários muito acima da média do chão de fábrica. Como estes trabalhadores são de difícil substituição, essa política foi ocorrendo lentamente, ganhou força nos últimos anos e promete para este ano possivelmente a finalização deste projeto covarde e mercenário.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >É preciso destacar também que um fenômeno novo está ocorrendo na fábrica: o fenômeno das demissões voluntárias. Trata-se de trabalhadores que estão com novas perspectivas de trabalho e salários graças ao crescimento da economia e a abertura de novos postos de trabalho na cidade. Dessa maneira, a Whirpool está sofrendo uma grande debandada de trabalhadores que querem sair para entrar em outras empresas. Isto ocorre devido à grande precarização dos direitos dos trabalhadores, principalmente em razão da defasagem salarial. Com este novo fenômeno, a empresa ao invés de tomar uma postura madura, elevando salários, recorreu à ignorância tomando medidas autoritárias – que visam apenas continuar garantindo seu lucro – para conter a fuga dos trabalhadores.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >A principal delas é punir com advertências quem comete faltas, segurar ao máximo aqueles que pedem para ser demitidos a fim de levá-los a pedir a conta, entre outras punições bizarras.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >Toda essa política tem transformado a fábrica em um verdadeiro “Circo dos horrores”: o ambiente de trabalho está insuportável, os mais velhos estão sendo demitidos na medida em que os mais novos estão sendo segurados à força na fábrica. Isto tem gerado um clima pesado onde todos estão com a moral no lixo e sem perspectivas de melhoras neste ambiente hostil e selvagem.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >A Rádio Peão se posiciona radicalmente contra esta política, pois sabe que este ataque aos trabalhadores tem como propósito atacar nossos direitos e achatar cada vez mais os salários. Os operários antigos têm de sair para deixar de serem referência e parâmetro salarial para os operários novatos, os mais novos tem de conviver e tolerar um salário de miséria, e se querem sair são “presos” na empresa.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >Esta brutal política que se aprofunda agora sobre as mãos do corporativismo norte- americano tende a piorar drasticamente os direitos conquistados no passar dos anos nesta fábrica. Por isso é necessário mais uma vez lembrar que devemos estar unidos contra esta política nefasta, devemos atacar impiedosamente os lacaios </span><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;" >pelegos<span style="color:black;"> do Sindhiverme que em nenhum momento interferiu nas demissões de companheiros do parque fabril e não tomou e não toma nenhum posicionamento em defesa dos interesses dos trabalhadores.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >É importante lembrar que várias demissões ocorreram este ano e ainda estão <?xml:namespace prefix = st1 /><st1:personname productid="em curso. F←rias" st="on">em curso. Férias</st1:personname> estão sendo dadas e outras programadas para várias linhas sendo que o retorno promete possíveis novas demissões. Não podemos ficar indiferentes a tudo isso, isolados com medo, porque o medo só nós torna reféns dos exploradores. É necessário coragem e união de todos para combater estas políticas, mesmo desorganizados e desamparados pelo </span><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;" >sindicato pelego<span style="color:black;"> temos ferramentas de defesa.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >Devemos ter o máximo cuidado possível em nossa organização, jamais devemos nos organizar em torno do sindicato mentiroso que possivelmente irá se movimentar com toda esta agitação para mostrar serviço diante dos trabalhadores.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >O Sindhiverme já contra-atacou com publicações de jornais em resposta a <i>Radio Peão</i> no passado. Fiquem alerta, pois possivelmente irão voltar com suas mentiras e traições para fazer valer os interesses patronais.<o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >Vamos defender com honra e coragem o suor e esforço do nosso trabalho, a defesa do nosso trabalho é legitima e deve se impor valentemente diante dos exploradores que insistem com suas lavagens cerebrais de motivação do trabalho, o que só faz nos dividir e confundir. Nossa situação de roubo e expropriação indevida de nosso trabalho deve ser combatida veementemente rumo à vitória. Ignoremos velhas mentiras de responsabilidade social. <o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >Não se pode jamais haver ética e responsabilidade social com salários vergonhosos, demissões sem causa, mentiras e exploração da mão de obra barata e discriminatória. <o:p></o:p></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><b><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >À luta trabalhadores</span></b><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" >.</span></p><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" ></span></p><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-size:12;color:black;" ><o:p><strong>*Grégorio Mendes-Trabalhador e comentarista da Rádio Peão.</strong></o:p></span></p></div>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-12366122057761547742008-06-07T09:52:00.000-07:002008-12-19T13:05:04.408-08:00PPR 2006: vale à pena lembrar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUtro8axv3gaTMxjyrilyumy2FHwEQok_Ji-Av9Ae7e-cumEuTUAg0F-DtENUIY2rFp7HNwvOiQT0njkPIJ-NLvIP6jymt58P1SX1ldYQosILXkkbxutxyN8hcWiFTfq3D6Nx3QHhTYbg/s1600-h/palha%C3%A7os.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231503281410793874" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUtro8axv3gaTMxjyrilyumy2FHwEQok_Ji-Av9Ae7e-cumEuTUAg0F-DtENUIY2rFp7HNwvOiQT0njkPIJ-NLvIP6jymt58P1SX1ldYQosILXkkbxutxyN8hcWiFTfq3D6Nx3QHhTYbg/s320/palha%C3%A7os.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p>Voltemos ao ano de 2006 para lembrar uma data importante na história da luta dos trabalhadores nessa empresa. Um ano que era declarado pelos administradores da empresa como um dos piores da sua história: perdas de mercado, dólar baixo, matérias-primas altas. Vários eram os indicadores negativos levantados pela empresa.<o:p></o:p></span></span><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Diante de muitas demissões e vários outros problemas veio a noticia mais assustadora que já se havia tido ouvido falar na Multibrás S.A., hoje atual Whirlpool Corporation: a empresa não iria pagar o PPR 2007 por falta de dinheiro. A empresa, segundo administradores, estava no vermelho e não tinha condições de arcar com o pagamento de participação de lucros.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">A revolta tomou conta dos trabalhadores que vendo tamanha mentira e ganância tomavam de artifícios radicais para manifestar sua indignação, <o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">E sua principal ferramenta de canalizar esta revolta foi o surgimento da <i>Radio Peão</i>, um informativo panfletário que se levantou como voz e ferramenta de protesto e organização da massa operária na empresa.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Com a <i>Rádio Peão</i> foi possível saber a dimensão do roubo que a empresa nos submetia – e ainda submete. Com a ajuda do Sindicato de Limeira de São Paulo, levantamos os números que contradiziam a falsa recessão e abolição do PPR por falta de divisas.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Essa movimentação ajudou a divulgar a greve e a luta dos companheiros trabalhadores/as da Unidade São Paulo que, organizados sindicalmente, paralisaram a fábrica em uma greve exemplar que se manifestou reivindicando o PPR, segundo dados do sindicato.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">A <i>Rádio Peão</i> manifestava pelo jornal depoimentos dos trabalhadores/as que, naquela época – mas também ainda hoje – sofriam abusos como assédio moral, horas extras obrigatórias, revezamentos entre muitas questões que os operários sofriam na fábrica.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">A <i>Rádio Peão</i> foi fundamental na eclosão de uma revolta que tomou corpo e se espalhou pela fábrica resultando em protestos por todos os lados, como em pixações nos banheiros trazendo frases de protestos como fora “JJ ladrão, queremos nosso PPR”, “O PPR foi pelo cano do vaso”, entre muitos outros que não paravam de aparecer nas paredes dos banheiros da empresa como expressão de revolta.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Houve vaias e gritos de protestos em reuniões de dirigentes da empresa como a famosa vaia ao diretor JJ, que por um bom tempo não deu as caras na fábrica e o ajudou a repensar sua atitude gananciosa de saquear os trabalhadores.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Toda aquela panela de pressão ameaçava explodir: São Paulo saia vitoriosa em sua greve forçando os ladrões a cederem e pagar a participação de lucros e barrar as demissões naquela fabrica.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">A unidade Joinville temendo o mesmo exemplo por aqui com uma paralisação e greve, cedeu anunciando um calunioso empréstimo emergência para fim de saldar o PPR daquele ano aos trabalhadores da Multibras S.A.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Esta grande vitória – que não pode jamais ser esquecida – deve ser combustível a reavivarmos o espírito combativo e insurgente dos trabalhadores hoje na Whirlpool Corporation, que vive momentos difíceis e que se não combatermos irão piorar e deteriorar ainda mais nossa situação de trabalho e de vida.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Devemos nos unir em uma causa que é para o bem de todos, pois se não nos unirmos e ficarmos esperando pelo sindicato patronal ou por políticos nada mais vai acontecer a não ser piorar.<o:p></o:p></span></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:0;"></span>Para tanto é necessário união para uma construção de um sentimento de fraternidade entre os trabalhadores/as, trabalhadores/as que compõem a maioria de operários/as nesta fábrica, trabalhadores/as explorados e oprimidos por uma política monstruosa e injusta que insiste em tentar nos dividir.<o:p></o:p></span></span></p><br /><strong>*Grégorio Mendes-Trabalhador e comentarista da Rádio Peão.</strong><br /><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><o:p></o:p></span></span></p><br /><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><o:p></o:p></span></span></p><br /><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><o:p></o:p></span></span></p>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2941007164583168906.post-328008561639353472008-06-07T09:48:00.000-07:002008-08-06T13:35:49.915-07:00Editorial: Manifesto aos trabalhadores e trabalhadoras da Whirpool<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBHTLdWqLxTJ7lDfglsUIvRtz6kq9OzTOf3ydDUg72iP66S_tvkynJXdLz8whU7P4nZToGUvKMcmiY52jCqNU_olvavsbTVbqVj5vNgjEPAWbLGk-cKfytAhssPU9qdk8y68XDB6HhGLI/s1600-h/__Revolution___by_Jeevay.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231506038226606434" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBHTLdWqLxTJ7lDfglsUIvRtz6kq9OzTOf3ydDUg72iP66S_tvkynJXdLz8whU7P4nZToGUvKMcmiY52jCqNU_olvavsbTVbqVj5vNgjEPAWbLGk-cKfytAhssPU9qdk8y68XDB6HhGLI/s200/__Revolution___by_Jeevay.jpg" border="0" /></a><br /><div><?xml:namespace prefix = o /><o:p style="FONT-FAMILY: trebuchet ms"></o:p><b style="FONT-FAMILY: trebuchet ms"><o:p></o:p></b><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">É com orgulho e sentimento de revolta que voltamos a editar o jornal clandestino operário <i>Rádio Peão</i>.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Depois de alguns anos parados por perseguições e demissões em massa de vários companheiros, o que acabou por enfraquecer nossas bases, a <i>Rádio Peão</i>, um informativo oposicionista do sindicato Sinditherme volta a operar.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Não poderíamos mais ficar de braços cruzados vendo as barbaridades que se sucedem ano a ano e que vem se agravando com o passar do tempo. Viemos por este informativo proclamar a todos os trabalhadores a se unir a uma causa que é mais que justa: a de derrubar o sindicato pelego e mentiroso “Sindiverme” e construir um sindicato forte, independente e de orientação operaria, não-patronal.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">E porque um sindicato forte, independente e de orientação operaria, não-patronal?</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Porque somente um sindicato independente de partidos políticos e não atrelado aos patrões pode garantir as reivindicações da massa operária, visto que hoje a maioria dos sindicatos nacionais está controlada pelo corporativismo patronal e pelo estado com seus respectivos partidos políticos.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Vejam nossa situação atual: temos um sindicato inexpressivo, que não tem a mínima comunicação com os trabalhadores e nem de longe luta por um salário digno e por outros interesses como melhorias nas condições de trabalho, entre outras questões de interesses imediatos.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Estes senhores que hoje compõem o sindicato devem ser vistos e tratados como inimigos dos trabalhadores, por se tratarem de uma casta burocrática que permanece no poder sem avaliação operária e eleições para seus respectivos cargos.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Minimamente o que estes burocratas fazem é dar uma sensação mínima de democracia aos operários fazendo votações vergonhosas que independente da escolha é sempre bom para os interesses financeiros da empresa. Quantas eleições vergonhosas tivemos para escolha de folgas na troca de feriados que só resultaram em lucro para acionistas e brigas para os operários? Quantas falsidades e falta de vergonha na cara estes senhores tem levado como pauta de reivindicações salariais aos trabalhadores?</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Eles não têm a mínima ousadia para reivindicar porque quem manda é a empresa, e seus cargos dependem dos patrões para continuarem no poder. Diante de tudo isto o que os burocratas do sindicato fazem é simplesmente ouvir a empresa e dizerem “Amém”.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">O sindicato nunca chamou os trabalhadores para uma assembléia para discutir com os operários salários ou qualquer outra proposta. Nunca convocaram os trabalhadores para uma greve diante da recusa de reivindicações trabalhistas. Aliás, é pedir muito para um sindicato patronal promover uma chamada para uma paralisação e fazer uma greve.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">É por estas e muitas outras razões que queremos construir uma nova etapa na história desta empresa, uma história de luta que promova vitórias para os trabalhadores e que traga melhoria nas condições de vida para todos.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Para esta nova etapa de lutas é preciso a união de todos. Este informativo não chegara a mão de todos, por isso pedimos que ele seja lido e passado adiante para outros companheiros, ao certo a recebermos estes panfletos devemos guardar em lugar seguro e lido de preferência em nossa casas para garantir a segurança de cada um, visto que em outras oportunidades a empresa censurou os panfletos e promoveu terrorismo com reuniões alertando contra os oposicionistas.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Queremos a colaboração e união de todos: seja para repassar as informações ou colaborar com textos e notícias sobre vários temas de nosso cotidiano como abuso de autoridade, assédio moral ou mesmo simples demonstração de repúdio à atual administração patronal, junto a seu braço sindical pelego.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify">Mandem e-mail para radiopeaoindependente@gmail.com ou acesse www.radiopeaoindependente.blogspot.com . Sua informação estará segura e sigilosa. Colabore e construa uma nova etapa na história de nossas vidas.</p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify"><o:p></o:p></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-size:+0;"></span><span style="font-size:+0;"></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="LINE-HEIGHT: 150%; FONT-FAMILY: trebuchet ms; TEXT-ALIGN: justify"><o:p></o:p></p></div>Rádio Peão Independente!http://www.blogger.com/profile/15652719053856820606noreply@blogger.com0